quinta-feira, novembro 29, 2007

SOBRE AS CONSEQUÊNCIAS CRIMINAIS DO NÃO CUMPRIMENTO DO CONTRATO-PROMESSA DE VENDA DE IMÓVEL PELO PROMITENTE VENDEDOR

Leia AQUI

SOBRE a "justiça" portuguesa e A JUSTIÇA PORTUGUESA - OS CASOS DE UM MAGISTRADO E DOS MC CANN

Pode ler o seguinte texto em VICKBEST

SOBRE O ABSURDO DO ATEÍSMO E DA VIDA POR ACASO

Dois textos que podem ser lidos AQUI

SONDANDO O INFINITO À LUZ DA LÓGICA E DA CIÊNCIA - UMA TESE SOBRE A EXISTÊNCIA DE DEUS

Pode ser lida AQUI

sexta-feira, novembro 09, 2007

RICHARD DAWKINS E DEUS



Acabei de ler o livro de Richard Dawkins, The God Delusion, na versão portuguesa, com o título A Desilusão de Deus.

Dawkins tem razão na generalidade das críticas que formula contra as “religiões”, designadamente nas contradições que estas encerram nas suas respectivas idiossincrasias e ainda mais quando se faz uma “leitura” literal dos respectivos livros “sagrados” de referência ou suporte.

Não tem, porém, razão na defesa da improbabilidade da existência de Deus.

Colocada esta questão nos termos em que a põe, Dawkins não responde aqueloutra questão sobre a probabilidade de existência do INFINITO.

Como explicar o Infinito?

A ciência não tem qualquer explicação (que eu próprio saiba!), nem Dawkins dedica uma única linha a isso.

Dawkins apresenta-nos, como alternativa à sua “destruição” das “religiões”, o ateísmo.

Dentro do seu software (palavra que lhe é tão grata) de referência tem todo o direito de o fazer enquanto expressão da sua idiossincrasia e dentro dos parâmetros culturais das “democracias” do Ocidente (em certo Oriente arranjariam maneira de o trucidar e eliminar se usasse de tal ousadia…penso eu).

Porém, Dawkins não vai ao fundo da questão sobre a existência de Deus.

Porque não admitir a “existência” de um Criador compatível (sim, compatível) com a teoria da evolução de Darwin?

Há o Infinito que é incontornável pela nossa (e quando digo nossa, digo de todos os Seres Humanos) consciência. Por mais barreiras que ponhamos e limites que oponhamos ao Infinito, haverá sempre qualquer coisa do “outro lado” dessas barreiras ou limites.

O Infinito é o paradoxo da nossa existência.

Dizem os cientistas que o espaço-tempo só aparece com o Universo.

Dentro das causas últimas da “causa” da criação, poderíamos entrar no Infinito – em busca da “causa” primeira.

Ora, a primeira aproximação do conceito de Deus é a Causa sem Causa, o que nos reconduz à Existência Pura e sem causa.

Ora, a esta Existência Pura e sem causa, chamamos (os religiosos puros) DEUS.

Diremos que Deus É.

Sendo, esta Existência Pura e sem causa, involuiu-se em princípios inferiores da sua Essência dando origem a uma apertadíssima contracção após o que houve uma explosão.

Tudo isto é compatível com a ciência actual, que segue o modelo do Big-Bang e posterior evolução.

Ou seja, resumidamente: Deus criou o Mundo de Si e em Si.

Esta “criação” está DENTRO de SI e em SI.

Por isso Deus é Omnipotente, Omnisciente e Omnipresente e não um qualquer velhote barbudo escondido e “separado” da Criação, algures entre as nuvens ou num qualquer obscuro recôndido do Universo.

Sendo que a Evolução que se seguiu à Involução de SI para criar o Mundo, segue-se que a Evolução é absolutamente explicável e compatível com uma concepção de Deus.

Dawkins confunde ainda a “fé” com a própria idiossincrasia que a alimenta.

Vejamos:

Um qualquer ser humano reflecte intelectualmente sobre a sua existência e procura dar resposta às perguntas clássicas da filosofia:
Quem sou eu, de onde venho, para onde vou?
Se não encontrar resposta satisfatória, CONTINUA a viver e a firmar-se: é a FÉ.

A fé primordial e pura.

Para dar sentido àquelas questões filosóficas “cria” um “deus”, responsável pela sua existência.

Porquê?

Porque a generalidade dos seres humanos quer uma resposta em relação ao Infinito, à Eternidade, sob pena de cair ou na náusea da existência de Jean Paul Sartre ou no homem absurdo camusiano ou perder mesmo a fé e deixar de se afirmar.

Responderá Dawkins que ele próprio é ateu e que há muitos como ele.

É verdade. É indesmentível.

Mas Dawkins e os demais ateus conseguem “ocupar” a sua vida terrena entregando-se à ciência (o primeiro, como ele próprio diz) ou a ocupações do dia a dia que os “preenchem”, sem necessidade de Deus para nada.

O que não exclui que a generalidade das pessoas não “funcione” assim.

Estas querem a sua fé alimentada pelo sentido de “tudo”. Que lhes sejam apresentadas respostas “definitivas” quanto àquelas perguntas filosóficas já que a tendência dos seres humanos é para satisfazer a sede de conhecimento, querer saber tudo e mais alguma coisa, ou, pelo menos, respostas para a sua angústia existencial…

Nem todos, porém, têm apetência, formação ou disponibilidade para seguirem o método científico.

Nem mesmo cultura suficiente para estarem a par das descobertas da ciência.

“Preferem” uma “crença” que os “satisfaça” dentro da lei do menor esforço.

Depois, para além dos memes culturais e da evolução das “religiões” enquanto idiossincrasias, há sempre os “comerciantes” da “fé”.

Há sempre “alguém” que apresenta uma “explicação” para tudo e que preenche a “fé” dos incautos. E, depois, vai dando “respostas” aos seus seguidores e acrescentado sempre algo de novo em resposta à complexidade do mundo societário até se chegar a um caldo idiossincrático contraditório, incongruente e ilógico, senão mesmo bárbaro, que reflecte precisamente as contradições de tal mundo societário e que Dawkins, aqui sim, consegue desmascarar.

O ponto a que quero chegar é este:

Não se pode combater as “religiões” com o Ateísmo mas antes com a proposta de uma Religião Verdadeira, de conhecimento não venal nem comercializável, compatível com a ciência e a evolução e baseada em todo o saber adquirido pelos seres humanos em todos os domínios da sua criatividade, faculdades e capacidades.

É este o meu pequeno (grande) ponto de divergência com Dawkins.

Não sou ateu.

A minha construção religiosa baseia-se nas faculdades mentais, mas também nas aquisições da ciência, pois julgo que o mundo pode ser cognoscível pelos seres humanos, tal como propunha Tales de Mileto, há 26 séculos atrás.

Nunca abdicando da perspectiva religiosa, julgo que a Religião Verdadeira, na proposta que faço, abre caminhos para o método científico, como uma candeia num túnel escuro e que na sua Caminhada, a Humanidade encontrará a Verdade quando a Religião e a Ciência se encontrarem.

Aí veremos a Face de Deus.

quinta-feira, novembro 08, 2007

MATERIALISMO HISTÓRICO

“Sob qualquer ângulo que se esteja situado para considerar esta questão, chega-se ao mesmo resultado execrável: o governo da imensa maioria das massas populares faz-se por uma minoria privilegiada. Esta minoria, porém, segundo os marxistas, compor-se-á de operários. Sim, com certeza, de antigos operários, mas que, tão logo se tornem governantes ou representantes do povo, cessarão de ser operários e pôr-se-ão a observar o mundo proletário de cima do Estado; deixarão de representar o povo, passando a representar-se a si mesmos e as suas pretensões de governá-lo. Quem duvida disto não conhece a natureza humana.”
Mikhail Aleksandrovich Bakunin (1814-1876)
(in http://espectivas.wordpress.com/, de 7 de Novembro de 2007)


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