quinta-feira, dezembro 23, 2010

ESTE ANO NÃO HÁ MENSAGEM NATALÍCIA

Portugal está profundamente endividado.

Como tal e para o financiar, o capital financeiro internacional usurariamente chupa-o até ao tutano.

As contas públicas são um descalabro que ninguém (eles, entenda-se) controla.

O estado está a saque pelas associações criminosas, vulgarmente conhecidas por partidos políticos.

O presidente da república jurou a constituição, mas esta não passa de letra morta – melhor fora imprimi-la em rolos de papel higiénico para bom uso na limpeza anal de cada cidadão.

Dos tribunais não se espera o reconhecimento de direitos que se invocam e que existem na lei, mas apenas que eles façam a batota do costume para os não reconhecer.

A lei nada tem a haver com o brocardo latino dura lex sed lex, pois não passa de uma opinião, normalmente sagrada na 1ª instância, mas que, à medida que se sobe na hierarquia da justiça, vai sendo cada vez mais e apenas uma opinião relativa e rebatível por um qualquer argumentário judicial pré-legislativo (discute-se – e viola-se - a opinião da lei como se esta não tivesse ainda sido legislada).

O futuro é negro pelo que se vê e também, e fundamentalmente, porque parece não existir gente minimamente honesta, seja em que sector for.

Como falar pois, de natal, no seu verdadeiro simbolismo e fora do consumismo hedonista de uma humanidade perdida?

Este ano não há qualquer mensagem natalícia.

Pois não há receptores para tal mensagem.

Adivinham-se tempos de luta.

E luta feroz.

Essa será a mensagem da realidade sem qualquer relação e, mesmo, contra o natal.

É a triste realidade sem a luz do menino.
Mas o pêndolo do tempo tem que atingir o seu máximo na realidade obscura e negra até voltar a ter o brilho daquela luz a iluminar as gentes e os povos.
É assim!
Pois assim seja!
Disse!

domingo, dezembro 19, 2010

HÁ QUE DIGNIFICAR A JUSTIÇA, SENHORES MAGISTRADOS!

Há que dignificar a Justiça!

Mas esta só pode ser dignificada através dos Magistrados.

Com o seu trabalho empenhado, discreto, a servir os cidadãos.

A Justiça não pode ser dignificada de outro modo.

Nem através de medidas legislativas, quer da Assembleia da República, quer através do Governo, nem através de quem quer que seja, para além dos Magistrados.

São estes que têm o poder legal de dizer a Lei, o Direito e a Justiça.

Os “outros” serão meros colaboradores.

Os Magistrados têm, e particularmente neste momento difícil, de manter a serenidade para servir o Povo, de modo livre e digno, sem “guerras” contra quem quer que seja.

Não compete aos Magistrados fazer “política”, mas servir a Justiça.

Este é o momento em que o “sagrado” de fazer Justiça, segundo a Constituição, a Lei e o Direito, através dos Magistrados, mais se impõe.

A pouco e pouco, o Povo ganhará confiança, pois a Justiça liberta, consola, atenua os conflitos, reforça o amor-próprio em cada cidadão e a injustiça, pelo contrário, oprime, magoa, destrói toda a base de confiança nas relações intersubjectivas, leva à gangrena da sociedade, é cancerígena para a comunidade.

Senhores Magistrados: dignifiquemos a Justiça.

Como missão, com virtude, com rigor, com misericórdia, com nobreza.

Sem arrogância, sem sobranceria, sem cálculos de eficácia política.

Segundo uma atitude de SER e não de ter – ter “mais” poder ou o que quer que seja.

Apenas servindo a comunidade, o Povo, a sociedade.

Este é o verdadeiro poder dos Magistrados.

Dignifiquêmo-lo.

Pois, senhores Magistrados, dignificar este Poder é fazer bem à Humanidade.

Ainda há tempo para escolher o que queremos como Povo, como Sociedade, como Comunidade.

Nenhum Povo pode sobreviver se não tiver uma Justiça digna.

A responsabilidade é sobretudo Vossa, senhores Magistrados.

Dignificando a Justiça, sem entorces, sem equívocos, sem hermetismos, sem violação da lógica silogística, enfim, sem sofismas, fazendo dela um sector sagrado, pelo exemplo, pela serenidade, pela ponderação, pelo serviço que o Povo e cada cidadão espera lhe seja prestado.

E o Povo – e cada cidadão - sabe bem quando lhe é feita Justiça ou quando é injustiçado pela “justiça”!

Há que dignificar a Justiça, senhores Magistrados!

Disse!
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