terça-feira, setembro 06, 2016

A “JUSTIÇA” A FUNCIONAR, COM CEGOS A JULGAREM CEGOS...


Há pessoas que têm o seu “interior” tão enrodilhado, tão negro, que quando “erram” – fazendo o mal e prejudicando terceiros – têm de ser severamente punidos pela Justiça…
E severamente punidos, para que tenham o tempo e a possibilidade necessários para desenrodilhar o seu “interior”, de o clarificar, de o clarear…

Outros, porém, no seu Caminho “erram” sem gravidade, pois não têm o “interior” negro…
A estes, a Justiça deve dar-lhes a mão, esclarecer onde está o seu “erro” e como devem corrigir o seu “interior”…
Entre estas duas classificações há miríades de posições possíveis e cada um, conforme tal posição, assim deve ser punido com mais ou menos severidade…
É isso que a Lei quer dizer quando afirma que ninguém pode nem deve ser punido para além da sua “culpa”…
E os magistrados deveriam saber distinguir todas estas situações… deveriam ser pessoas “iluminadas”…
Mas os magistrados – salvo raríssimas exceções – também têm o seu “interior” enrodilhado e negro e não sabem distinguir nada…
Limitam-se a aplicar a “lei” mecânica e cegamente, limitam-se a aplicar a letra “morta” da “lei”…
É verdade que a Lei impõe como critério de punição não só a medida da culpa, mas também a gravidade do ilícito…
Mas vai dar ao mesmo – a gravidade do ilícito reporta-se, em última análise, à gravidade da culpa…
E os magistrados punem severamente quem tem pouca culpa – à cacetada, mesmo – e ignoram, ou suavizam, grandes culpas...
Os magistrados não são pessoas “iluminadas” – salvas as exceções assinaladas…
A lei classifica-os como tal, mas não são – e, os magistrados, em geral, arrogantemente, julgam-se como tal…
Assim temos a “justiça” a funcionar, com cegos a julgarem cegos (uns mais, outros menos)…
Disse!
- Victor Rosa de Freitas -
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